quinta-feira, dezembro 24, 2009

Feliz Natal!

Já em tempos tinha ilustrado a quadra natalícia com este presépio de Fra Filippo Lippi, de que gosto imenso. Aqui está ele de novo, para desejar Boas Festas e um Natal muito feliz a todos quantos por aqui passam.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Capicua

Começa hoje mais um Inverno. Começa mais um ano da minha vida. Somam-se uns aos outros, como a cada Inverno sucede uma nova Primavera, a que se segue um novo Verão, e depois um Outono, e depois mais um Inverno e, com ele, mais um ano meu se cumpre. É inevitável.
Não tem grande graça envelhecer, ver rugas na cara e cabelos brancos. Mas é assim a vida, não há nada a fazer. O melhor, mesmo, é vivê-la. Venham mais 44, que cá estou pronta para eles!

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Tanto cansaço

Esta deve ser uma das minhas horas predilectas para escrever. Cheia de sono, absolutamente cansada depois de um longo dia de trabalho, com viagens pelo meio e muitas coisas para fazer. Cheia de sono, cansada, mas ao mesmo tempo ainda desperta e a precisar de esvaziar a cabeça do quanto houve (e há) a fazer.
As horas nocturnas são horas de paz. Já ninguém telefona, já ninguém chama, já não há tarefas domésticas à espera de serem feitas. De volta a casa, gosto de me sentir confortável no meu lar, sentir o seu calor, deixar-me penetrar pela sua atmosfera familiar, ouvindo música calma, no meu canto.

domingo, novembro 29, 2009

Nostalgia em tons de sépia

Dia de chuva, triste, cinzento. Ida ao cemitério, há muito adiada e hoje, finalmente, concretizada. Cresceu o número de túmulos a visitar. Recordei, ao percorrer as ruas tristes daquele cemitério envelhecido, os muitos anos durante os quais só lá se ia visitar o meu avô; agora, são quatro as campas de pessoas muito amadas que ali estão. Levei flores novas, cada uma depositada com uma imensa saudade, por entre a chuva triste e fria.
Em casa, agarrei numa caixa cheia de cartas velhas. Entre elas, dúzias de cartas da minha mãe para o meu pai. Cartas do tempo de namoro, dos primeiros tempos de casados, durante os quais estiveram muitas vezes longe um do outro e matavam as saudades escrevendo quase diariamente. Não tenho (ainda não as encontrei, ou se calhar já não existem) as cartas do meu pai, apenas as da minha mãe. Leio-as ouvindo a sua voz. Dou-me conta do muito que ficou por conhecer dos meus pais; aprendo a conhecê-los melhor, sob outros ângulos, através desta leitura. Não é a mãe e o pai que escrevem, mas um casal apaixonado, organizando a sua vida para conseguirem estar juntos e contando pequenos pormenores do seu quotidiano. Falam de pessoas que conheci, e que também já partiram deste mundo, na maioria dos casos. Falam de pessoas que não faço ideia quem eram, mas que faziam parte, então, das suas vidas. Não sei quem era a L., uma menina gravemente doente que a minha mãe visitava muitas vezes, e que acabou por falecer. Não sei quem era a R., colega com quem ela embirrava solenemente. Não sei quem eram vários colegas e amigos do meu pai, muitas vezes referidos. Não tenho a quem perguntar, ou sinto um certo pudor em fazê-lo em relação às poucas pessoas que me poderiam responder. Reconstituo percursos, itinerários de anos de que sei muito pouco. Admiro a ternura e alegria com que a minha mãe escreve; adivinho-as idênticas nas respostas do meu pai.
Cartas velhas, a cheirar a papéis guardados num sótão húmido e frio durante anos a fio. Com as tintas esmaecidas e o papel amarelecido pelo tempo. Cartas que procuro organizar e guardo ciosamente; não as quero partilhar com ninguém, quero-as minhas, só minhas.

quarta-feira, novembro 25, 2009

Aniversário

Hoje, pela primeira vez, não te posso dar um beijo nem um abraço neste dia; não te posso falar, acariciar-te a face e as mãos, nem fazer o teu doce predilecto. Falo com a alma, e a tua escuta-me, desse outro lado da vida onde encontraste a paz, meu Pai, muito, sempre muito, querido.

terça-feira, novembro 24, 2009

Objectivos de vida

Um dia, quero ser como o meu cão: acordar a cada manhã alegre, feliz, cheia de energia, para mais um novo dia. Dispenso a parte de roer ossos com entusiasmo.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Para ti, todo o meu tempo



Tivesse-o eu encontrado, e este cd seria uma prenda de anos. Fica esta música que me encantou quando vi o "clip" no Origem das Espécies, e que desde então ouvi uma série de vezes.

Hoje é dia de festa

Parabéns, meu querido! É a quinta vez que festejo ao teu lado o teu aniversário. Espero que quando fizeres o dobro da idade que hoje tens continuemos a festejar juntos. Um bocadinho mais trôpegos, mas sempre de mãos dadas e com o olhar enternecido, por ser o teu aniversário e por estarmos juntos e isso tornar tudo na vida mais belo.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Trabalhando

Na aparelhagem, A arte da fuga de Bach. No corpo, o cansaço de quem anda a exagerar no esforço. Na cabeça, a vontade de acabar o trabalho entre mãos e, depois, finalmente, poder descansar.
Este fim-de-semana não vou fazer a pontinha de um corno.

segunda-feira, novembro 09, 2009

O muro

Tivesse eu tempo, e punha aqui as minhas fotos do muro de Berlim. As que tirei em 1981, salvo erro - quando o muro separava os dois lados da cidade, que eu pude visitar. Mas não tenho tempo, por isso fica aqui apenas a referência, e a memória do final desse muro e do final da cortina de ferro.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Adrenalina

Há uma adrenalina especial quando estamos a chegar um trabalho que custou a parir e cujo resultado, no final, nos começa a agradar.

Desengano

Desengane-se quem pense que os filhos, ao crescerem, necessitam menos dos pais. Aos 14, digo eu da minha experiência, precisamos ainda mais de estar presentes, munidos de uma paciência maior que nós, e de uma imensa capacidade de ouvir, entender e acarinhar.
De preferência, claro, estas "crises" surgem quando estamos imersos em trabalho até às orelhas e vemos as poucas horas que faltam para termos de o apresentar a passar a galope.

quinta-feira, novembro 05, 2009

4 anos

Perguntaram-me hoje: "Nada de arrependimentos?" A resposta foi imediata: "Nenhum."
Absolutamente nenhum, meu amor. Antes pelo contrário, certezas renovadas em cada dia, em cada noite que passo abraçada a ti.

Cachorro avariado

Pela primeira vez nos seus já 4 anos de vida, o nosso cão está doente. É uma gastrite, pelos vistos, dizem os resultados dos exames que passou ontem a tarde a fazer no veterinário. Mas ele está apático, quieto, não se levanta do cesto, não corre para nós... Parece, mais do que nunca, um cachorro de peluche - só que sempre foi um peluche com pilhas duracell, e agora está um peluche sem pilhas.
Depressa, bichinho, põe-te bom! Quero-te a correr que nem doido casa fora, a fugir com um chinelo ou umas meias na boca; ou literalmente a voar até aterrares em cima do meu estômago; ou a ser quase impossível pôr-te a trela para ires à rua, de tantos saltos que dás. Volta a ser tu depressa, está bem? Nenhum dos teus donos gosta de te ver assim

sábado, outubro 31, 2009

Pedido de informação

Se passar por aqui alguém que conheça um hotel em Londres, bem situado (ou seja, junto de estações de metro e em zona central; perto de Russell Square seria o ideal), bonzinho e não tipo espelunca, mas também não caro como o raio, pede-se o favor de dar informações. Promete-se trazer recordação de Londres (se o hotel agradar, claro está).

quinta-feira, outubro 29, 2009

Gripe A

Pois é, o miúdo morreu por ter uma cardiopatia congénita. Mas não teria morrido sem a gripe A, e teria continuado a ignorar que sofria desse mal durante muitos anos. É isto que me assusta com esta gripe. Sei eu lá se sofro, ou se algum dos meus sofre, de um mal escondido que se pode revelar, fatalmente, com o virus da gripe A?

terça-feira, outubro 27, 2009

Chocolate amargo / café

Estou a desconfiar que o chocolate amargo anda a ter sobre mim efeitos semelhantes aos do café. O que é grave, muito grave. Sem café eu consigo passar. Sem chocolate, de vez em quando, duvido. E lá dentro está um bolo de chocolate tentador, em que é melhor não pôr sequer os olhos, ou é o cabo dos trabalhos para conseguir dormir logo à noite e fico com taquicardia.

quinta-feira, outubro 22, 2009

Dúvida zoológica

Gripe das aves, gripe suína... será que pode haver gripe canina?

Boletim clínico

Tosse, garganta a arranhar, quase sem voz, com a cabeça pesada. O termómetro diz-me que não tenho febre, mas não estou muito confiante nele, porque me sinto quente. Basicamente , sinto-me miserável. Espero que amanhã esteja diferente, e que isto não degenere em nenhum tipo de gripe, A, B ou XYZ. Não só porque detesto estar doente, mas porque tenho demasiadas coisas para fazer, e com a cabeça assim o trabalho rende menos do que pouco.

sábado, outubro 17, 2009

Outono

Apesar das temperaturas demasiado altas, o Outono faz-se sentir. As folhas das árvores vão amarelecendo ou ficando daquele tom vermelho de que tanto gosto, e começam a atapetar o chão. Os verdes tornam-se menos exuberantes. O pôr do sol ganha tonalidades novas. Hoje, vi quer o nascer do sol, quer o seu ocaso - ambos lindos, anunciadores de dias solarengos. Anseio pelo chegar do frio e pela chuva, não porque goste dela, mas porque é muito precisa; do frio gosto, e apetecem-me camisolas quentinhas, botas, cachecóis.
Entretanto, aproveito estes últimos dias de bom tempo. Passeio o cão ao entardecer, e demoro no caminho, deixando-o cheirar todos os recantos e deixando-me olhar para o céu, para as árvores do jardim, sem pressa. Sabe bem, mas ao mesmo tempo é melancólico. O Outono é melancólico, para mim. Mesmo sendo belo. Ou talvez seja mais belo pela sua melancolia?

sexta-feira, outubro 16, 2009

Bicho esquisito

Uma mãe é um bicho esquisito. Suspira por uma escapadelazita a dois, mas quando a tem sente-se que nem galinha com o ninho vazio... Mesmo tendo o pintainho 14 anos e meio...

sábado, outubro 10, 2009

Love is...

... ir ao futebol com ele, a garota e a sogra.

quarta-feira, outubro 07, 2009

Uma estreia

Correu bem.

segunda-feira, outubro 05, 2009

A morte saiu à rua

A morte saiu à rua e ceifou uma vida a meio da sua existência.
Passámos a tarde de ontem no funeral de um amigo do L. Amigo desde os tempos da escola, não muito próximo nos últimos anos, mas sempre presente naquela rede de amizades e conhecimentos que enforma a vida de cada um de nós. Aos 43 anos, chegou um cancro silencioso nos intestinos que, quando se manifestou, já estava espalhado pelo corpo todo, e nada se podia fazer. A morte chegou menos de dois meses volvidos sobre os primeiros sintomas.
Fica um filho de 11 anos, uma mulher viúva, uma mãe que só queria poder trocar de lugar com o filho único que já não tem. Fica a incredulidade, e um murro no estômago de todos nós. A morte mostra-nos como também nós somos frágeis e mortais. Ela sai à rua e mostra-se tal como é, impiedosa, aleatória, abatendo-se sobre as suas presas sem qualquer pudor, e, se quiser, sem aviso prévio, sequer.
Descansa em paz, P. E que os teus saibam continuar as suas vidas, contigo no coração.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Médicos fantásticos

Há médicos fantásticos, nascidos mesmo para aquilo que fazem. Que sabem ouvir, esclarecem dúvidas, sossegam medos, explicam. Sempre com um sorriso.
(nota-se muito que o trabalho não está a render nadinha e que a ansiedade permanece?)

Sou eu que estou parva ou são os jornais?

Leio mais uma sondagem sobre as legislativas, e as notícias dos jornais, por exemplo esta. Não percebo nada de sondagens, mas como raio é que querem que eu lhes dê algum valor e faça a leitura de vitória estrondosa do PS sobre o PSD, se a percentagem dos indecisos (num universo de 811 inquiridos!!!!) é de 37%?????
Acho que me vou dedicar a sondagens. Telefono a todos os números de telefone da minha agenda, e depois também atiro para o ar com previsões. Não devem ser muito menos fiáveis do que estas.
(Não sou nada boa a esperar; vou aguentando, mas quando a hora se aproxima, a ansiedade vai crescendo, começa a apoderar-se de mim, e eu nada posso fazer; a não ser escrever coisas destas, que nada dizem, mas em que cada letra é um bocadinho de ansiedade deitada fora, aliviada.)

Antes que me esqueça

Domingo, voto PSD. Obviamente.

sábado, setembro 19, 2009

Cats

De novo vidrada no musical. O dvd antigo estava todo riscado, e andava à procura de um novo até que hoje, finalmente, o encontrou. Está a dançar e a cantar na sala, feliz como há 4 ou 5 anos.

sexta-feira, setembro 18, 2009

SMS

Hoje recebi uma sms da Direcção Geral de Saúde. Não sei quanto gasta o Estado nesta empreitada de mandar avisos sobre a Gripe A a cada possuidor de telemóvel, mas eu dispensava receber por esta via a indicação de que, se tiver sintomas de gripe, devo ficar em casa e contactar o serviço Saúde 24. Muito obrigada, mas já sabia.

Cantinho das angústias?

De vez em quando, é o que isto é. E, por isso mesmo, não é, nem isso, nem coisa nenhuma.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Mãe galinha

Sou, sempre serei. E ainda não me sei despreocupar quando ela faz viagens de comboio sozinha. Só logo ao final da tarde, quando a vir sair da carruagem e a abraçar, é que vou sossegar.

segunda-feira, agosto 31, 2009

Muitos posts por escrever

Sobre a primeira incursão no norte de África. Sobre a minha irremediável paixão pelo Gerês. Sobre o regresso ao trabalho e à falta de vontade de o fazer. Sobre mimo em doses industriais. Sobre o bem que faz rir, sorrir, namorar, abraçar, nadar, brincar, passear, respirar fundo.
Mas não tenho tempo. O trabalho ficou quietinho à espera que eu chegasse de férias para me cair em cima, com toda a força. Lá para Dezembro devo voltar a ter um bocadinho de tempo livre...

terça-feira, agosto 25, 2009

2 anos

quarta-feira, agosto 05, 2009


Férias, finalmente

Depois de um ano que pensei não aguentar. Um ano difícil como poucos, doloroso como menos ainda. Mas que se venceu. Agora vêm as férias, os dias sem fazer nada, apenas céu azul e mar e livros para ler e tempo para dormir sestas preguiçosas. Até daqui por umas semanas! E até lá, fiquem com umas imagens destes últimos dias, de semi-férias.

quarta-feira, julho 29, 2009

Ponto de exclamação

Neste blog, usa-se. Com conta, peso e medida, como os outros sinais de pontuação; procurando acertar na dose certa de cada um deles. Só não os uso em escrita académica, que deve ser mais séria, mais neutra, não transmitir emoções.
Eliminar os pontos de exclamação, tal como usá-los em demasia, parece-me um disparate.
Se escrever "Filha, vem cá." não transmito a urgência, a veemência, o tom com que a frase é proferida. "Filha, vem cá!" já tem todo esse ênfase. Ler "Viva o ponto de exclamação." soa a sensaboria debitada sem expressão; muito diferente de "Viva o ponto de exclamação!".

sábado, julho 25, 2009

E assim foi

Os abraços, os sorrisos, as mãos dadas... somos uns terríveis mimalhos, essa é que é a (deliciosa) verdade!

quinta-feira, julho 23, 2009

Recado particular

Fazes-me falta. Também me sinto sozinha; mais do que isso: desasada. Ao regressar, abraças-me, abraço-te, sorris-me, sorrio-te, e tudo passa.

terça-feira, julho 14, 2009

quinta-feira, julho 09, 2009

Números de telefone

Quando acedo aos números do meu telefone, o primeiro que me aparece é o do meu pai. Daqui a poucos dias vai ser desligado. Mas não o vou apagar da memória do meu telefone.

Coisas fofas

Chega ao pé da minha cadeira, salta cá para cima, lambe-me furiosamente e depois instala-se ao meu lado. Adormece quando lhe faço festas na pontinha macia das orelhas. Quando se farta, salta para o chão e vai à vida dele. Daí a pouco regressará, com o seu cheiro bom a cãozinho saudável e bem tratado.

quarta-feira, julho 08, 2009

Gripe, escolas e medidas preventivas

Parece que as Associações de Pais querem adiar o início do ano lectivo, por causa da gripe A. Não vejo qual a vantagem, a menos que seja adiado "sine die", até que toda a gente seja vacinada contra essa nova estirpe da doença, ou que esta, por milagre, se extinga. A principal medida preventiva, indicada no site da DGS, é a correcta e frequente lavagem das mãos. Nas escolas faltam, de modo geral, instalações sanitárias dignas desse nome, limpas e dotadas de lavatórios com sabonete líquido e toalhetes de papel para limpar as mãos. Não deveria ser isso o que as Associações de Pais deviam estar a reclamar?

segunda-feira, julho 06, 2009

Por entre as arrumações

Estas arrumações forçadas estão a obrigar-me a mexer em coisas que já não via há muito. Nas roupas que guardei da minha filha, por exemplo, e nos brinquedos dela. Encontrei as suas primeiras botinhas, lindas, verdes escuras com um comboiozinho bordado do lado, tão pequeninas... Ela pô-las ao lado das suas actuais sapatilhas 37/38, e ficou a olhar.
Vejo os vestidinhos, as roupinhas da cama de grades... Vem-me à lembrança um cheirinho a produtos de bebé, a toalhetes e cremes, aos ouvidos o palrar constante dela, os seus risos, os barulhos que os brinquedos faziam. Que saudades!
Estas arrumações são um percurso nostálgico por vários passados. Estou a chegar ao limite do que consigo aguentar - felizmente, amanhã fujo daqui.

quinta-feira, julho 02, 2009

E o mais difícil...

... é retomar a vida normal.

Orgulhos

Falo agora com o meu pai como não falava há muito. Falo pensando, e tenho a certeza de que, lá onde estiver, ele me ouve, como não me conseguia ouvir quando ainda cá estava. E, sem dúvida, está neste momento orgulhoso da sua neta mais velha - a minha filha. Tanto como eu, pelo menos; ou mais ainda, porque, com a sua sabedoria de muitos anos, a sua visão é diferente (não mais neutra, porque de avô babado).
Viu-a, no dia do funeral, a cuidar da mãe, com um carinho extremo. A limpar-lhe lágrimas teimosas que insistiam, de vez em quando, em rolar pela cara abaixo. A abraçá-la e dar-lhe a mão. A enchê-la de beijos. A desistir dos planos que já tinha feito para ficar ao seu lado. De lá de onde está, o avô orgulhou-se dela e sorriu, com aquele sorriso bonito que tantas vezes dirigiu a essa neta, a primeira que segurou nos braços, com infinita ternura.
Está, de certeza, agora, a sorrir de novo, com o sorriso que tantas vezes lhe vi quando eu tinha boas notas, porque ela foi, de novo, a melhor aluna da turma, proposta para o prémio de mérito da escola.
Se fosses vivo, pai, eu ia contar-te estas coisas todas, dando-te a mão, dando-te um beijo. Tu ias ter muita dificuldade em manifestar que tinhas compreendido e que estavas feliz. Agora já não há essas barreiras entre nós; só me custa não te poder beijar nem acariciar a tua mão...

segunda-feira, junho 29, 2009

Os dias seguintes

São dias estranhos, estes que tenho vivido. Dias de dor, mas também de tomadas de decisões muito pragmáticas. Não me parece verdade ter escolhido um caixão ou flores para o funeral. Menos ainda ter ido à morgue fazer o reconhecimento daquele corpo tão amado, e de repente tão frio, tão vazio de tudo o que torna um corpo vivo. Tive de fazer de "mestre de cerimónias". Ganhei, de certeza, um ror de cabelos brancos. Envelheci um pouco mais.
O que ainda não fiz, verdadeiramente, foi chorar pelo meu pai. Se calhar, vim a fazê-lo ao longo dos últimos 9 anos... e agora consigo encarar a sua morte, mais do que como uma perda, como uma libertação. O rosto tranquilo, pacífico, quase rejuvenescido com que adormeceu para sempre ajuda-me. Dá-me a certeza de que, finalmente, está em paz, de novo ele próprio, livre do corpo doente que lhe aprisionava a alma.
E agora é tempo de outras decisões pragmáticas, de desfazer a casa do meu pai. Nessa tarefa ingente (por causa, sobretudo, dos milhares de livros que deixou) têm passado os últimos dias. Amanhã (hoje, aliás, já passa da meia-noite) vêm homens de uma empresa fazer as mudanças. A minha casa vai ficar irreconhecível. Vale-me não ser a casa em que moro habitualmente, e sim a outra, onde só esporadicamente estou desde que me casei, mas que mantenho. A casa do meu pai vai-se transplantar para aqui, e na minha sala vou passar a ter os móveis dos meus avós, e um outro quarto será ocupado pelo escritório do meu pai. Vai passar a haver mais fantasmas nesta casa. Fantasmas feitos, sobretudo, de objectos, cheiros, sons que trazem recordações. Não são fantasmas indesejados. São o que faz de mim quem sou; mas nem por isso deixam de poder entristecer-me.
Obrigada a quantos, em comentários ou por outra via, me expressaram os sentimentos. Consola sentir que a nossa tristeza toca a outrem, que não estamos a vivê-la sozinhos . Afinal, esta é uma tristeza que um dia cabe a todos, pois todos perdemos entes queridos e, pela lei da natureza, são os filhos que vêem os pais partir.
Eu, de alguma forma, voltando ao que acima disse, e por mais paradoxal que possa parecer, não me limitei a perder o meu pai; de algum modo, recuperei-o. Não é o seu rosto doente que vejo agora, mas a sua cara feliz pegando na minha filha recém-nascida, como se vê na foto que tenho aqui ao lado; ou noutra, que fui buscar ao meu álbum de estudante, tirada no dia da bênção das pastas, em que o meu pai sorri com um ar muito orgulhoso por a filha estar a terminar o seu curso. Antes, com ele doente a mostrar-me, constantemente, a realidade deste duro e prolongado final de vida, não conseguia recordar as suas feições saudáveis. Agora, são elas que me preenchem as lembranças.

domingo, junho 21, 2009

sexta-feira, junho 19, 2009

Descansa em paz, meu querido Pai.

segunda-feira, junho 15, 2009

Pai

Repetido cem, mil, milhares de vezes. É a palavra que não me sai da cabeça. Porque o meu pai está gravemente doente, provavelmente nos últimos dias da sua existência terrena. E não importa saber que esta é uma morte anunciada e há muito adiada. Custa na mesma, porque ele é o meu pai - o homem que me deu a vida, que me embalou nos braços, que me contou histórias para dormir, que pescava peixinhos na praia comigo, que se orgulhava das minhas notas e dos meus sucessos, com quem era difícil conviver, mas que eu amo, muito, sempre, com todas as fibras do meu coração de filha. Nunca se é suficientemente crescido para se estar preparado para perder um pai, ou para o ver numa cama de hospital, ligado a máquinas, entubado... Tudo deixa de fazer sentido, de ter importância, e se reduz àquele ser tão frágil que me é tão querido...

terça-feira, junho 09, 2009

E os dias correm

E vieram as eleições, e passaram as eleições, e o alívio de ver o PS derrotado não foi tão grande como a aflição de outras notícias, privadas essas, preocupantes. E enquanto por esse lado as coisas não sossegavam, não houve cabeça para comentar eleições, ou escrever posts, ou sequer saborear o descanso finalmente conquistado. Porque o meu pai, de novo, nos pregava um valente susto, com direito a hospital e tudo.
Mas agora está melhor, está em casa, e o processo de cura continuará, assim o espero, da melhor forma. E não foi preciso adiar os planos, e amanhã rumamos daqui para fora, para a praia, esteja o tempo bom ou nem por isso, o que importa mesmo é mudar de ares e respirar fundo e férias até domingo . Porque precisamos disso, e muito, os três.
Portanto, bons feriados, boa semana, até ao meu regresso!

sexta-feira, junho 05, 2009

Missão cumprida

Faltavam 3 semanas, agora já não falta nenhuma. Ainda não senti a diferença; ou melhor, se calhar já a sinto, quando me sobressalto a pensar que tenho de ..., e de ... - para depois me deliciar ao tomar consciência de que não, não tenho de ... nada disso. Tenho muitas, muitas coisas para fazer, mas não aquilo que, ao longo de demasiados meses tanto me custou.
Lembro-me de escrever aqui que estava a ser forçada a fazer uma espécie de teste de resistência, e com medo de não o aguentar até ao fim. Tinha razão para isso - o "burro" quase soçobrou sob o peso. Mas cá cheguei, ao que já posso considerar o final da jornada, sem demasiadas mazelas. Podendo respirar uns dias de alívio e deixando, por uns meses, de andar com a corda ao pescoço.

quinta-feira, maio 28, 2009

Ser adulto

Não é fácil. Sobretudo quando somos aqueles que estão na linha da frente - quando já não há a rede de apoio de pais com saúde, quando as responsabilidades de todas as decisões são nossas, e a ponderação de todas as variáveis nos cai em cima.
Às vezes, invejo a minha filha, que ainda pode (e espero que possa por muito e bons anos) vir ter comigo para resolver os problemas. A mãe cola, cose, conserta, males materiais e da alma. Deve ser bom ser adulto e ter uma mãe assim. Eu não tive essa sorte...

terça-feira, maio 19, 2009

O caso da professora que em lugar de História leccionava não sei bem o quê

É isto mesmo o que penso, e já tardava ver alguém a dizê-lo.
Fiquei pasmada, ontem à noite, ao ouvir num dos telejornais do final do serão a gravação feita na aula. Pasmada pelo conteúdo. Pasmada pela existência de uma gravação e pelo facto de estar a ser difundida na comunicação social.

domingo, maio 17, 2009

(só mais 3...)

São só mais 3 semanas. Só 3. Depois de tantas, todas elas suadas, suspiradas, detestadas. Mas já só faltam 3. Quase posso suspirar de alívio. Não me interessa quanto trabalho vem a seguir - pelo menos não é este ritmo, este exílio, o que fiz todo o ano sem vontade, apenas por obrigação, orgulho, brio e teimosia.
São só mais 3 semanas. Só mais 3. E uma já começou.
Sinto-me uma prisioneira em contagem decrescente para sair da prisão.

"Em perigo por amor"

É mais ou menos este o título em destaque de uma revista das que têm muito sucesso hoje em dia, por trazerem as últimas revelações sobre os "famosos". E quem está, em perigo por amor? Sócrates, o nosso 1º, que por amor a Fernanda Câncio deixou o seu luxuoso e seguro apartamento e passou a ficar, quase todas as noites, no apartamento da namorada, numa edifício antigo em plena baixa pombalina; o casamento, assegura a revista, está para breve. A história é ilustrada com fotos de ambos (nunca juntos) a entrar e a sair do imóvel, bem como dos seguranças que acompanham o primeiro-ministro (com as caras desfocadas). Percebe-se que nenhuma delas foi tirada com conhecimento dos visados, mas sim à distância e furtivamente. Ainda não li nenhumas palavras enfurecidas da parte de nenhum dos protagonistas da história, nem ouvi dizer que houvesse algum processo judicial contra a publicação destas fotos não autorizadas. A mim, que nada tenho a ver com a vida privada deles, esta reportagem enojou-me.

quinta-feira, maio 14, 2009

(mais um)

(e já agora, será pedir demais que por meia dúzia de dias não haja olhos secos, nem doridos, nem inchados, nem vermelhos, nem a arder, nem a doer, nem a não conseguir fixar a vista no computador ou em livros?)

(desabafo baixinho)

(São umas a seguir às outras, porra... Cada tiro, cada melro. E eu farta, farta, farta.)

Preservativos distribuídos nas escolas? Não, obrigada!

De vez em quando, dou com notícias que me deixam perplexa. Anda-se, pelos vistos, a pensar em distribuir preservativos nas escolas. A que propósito? Também distribuem analgésicos, betadine, pensos rápidos, pensos higiénicos? Se um aluno se magoar, com certeza que sim; se uma aluna for apanhada desprevenida sem pensos higiénicos, não sei se encontra alguns à sua disposição na escola, mas devia encontrar. Agora os preservativos para que é que são distribuídos numa escola? É lá que precisam deles?
Que haja educação sexual nas escolas, acho muito bem. Que os adolescentes estejam informados sobre os locais onde podem ter informação sobre preservativos e outros métodos contraceptivos e acesso a eles, de modo gratuito, sobre consultas de planeamento familiar, etc, etc, igualmente. Agora que seja função da escola distribuir preservativos, a que propósito?

segunda-feira, maio 11, 2009

O que faz um bom médico...

... não é ser o mais sábio sobre a sua especialidade. É ser competente, claro; mas é também ser humano, saber inspirar confiança no doente, perceber que um doente é alguém fragilizado que não se pode tratar com arrogância ou impaciência. É por isso que não vou voltar ao meu reumatologista e volto, sempre, à minha doce e calma médica de medicina interna.

domingo, maio 10, 2009

quinta-feira, maio 07, 2009

Pela estrada fora

Vão sozinhos, dois a dois ou em grupos grandes. Usam, quase todos, coletes reflectores. Transpiram sob o sol quente da tarde. Há postos da Cruz Vermelha de tempos a tempos, para os ajudar. Passo por eles de carro com todo o cuidado, que a berma da estrada é estreita e eles vêm à conversa, sem grandes cuidados. Move-os uma fé que eu não consigo perceber: não vejo que vantagem há em dar cabo de pés, e pernas para pagar uma promessa. Preferia ver promessas cujo pagamento tivesse consequências benéficas, como prometer ajudar quem precisa, fazer as pazes, procurar ser melhor. Mas essa é a minha fé, se calhar demasiado racionalizada, demasiado intelectualizada; outra é a deles. Comovem-me estes peregrinos, caminhando sob o calor, cansados mas tenazes, aproximando-se de Fátima e da imagem da Virgem a quem prometeram pagar, com o seu sacrifício, as preces atendidas.
Fátima, para mim, estará sempre associada à minha avó, que assistia com fervor às cerimónias do 13 de Maio transmitidas na televisão. A minha avó, que morreu faz amanhã vinte anos, e de quem só guardo boas recordações e uma imensa saudade.

terça-feira, maio 05, 2009

segunda-feira, abril 27, 2009

Sobre cães

Como já aqui disse, é bom ter um cão quentinho deitado aos meus pés. Aliás, é bom ter um cão - ponto final. Muito melhor do que alguma vez tinha pensado. E o lugar que ele ocupa na família é, também, maior do que eu podia imaginar.
Trabalhar quando a cabeça anda a pairar por outras paragens é complicado. Sobretudo quando o trabalho implica reflectir, concentrar-me, escrever.

terça-feira, abril 21, 2009

Ditados certeiros

"O homem põe e Deus dispõe."
Mas às vezes não sei se é Deus. Deus tal como O concebo (e fui ensinada a conceber), como o supremo Bem, como Aquele que nos ama. Se o é, de vez em quando tem umas formas muito estranhas de o demonstrar. Bem sei que não sou Deus, mas a quem eu amo, o que mais quero é dar o melhor de tudo. Não me divirto a trocar-lhe as voltas e a colocar obstáculos no caminho só porque sim.
Se Deus não é sádico, então Ele não tem mesmo nada a ver com isto.

quinta-feira, abril 16, 2009

Uma coisa completamente diferente

Ter de ler um guia de estilo de 96 páginas para publicar um artigo de 10 parece um exagero... e uma espécie de tortura sádica por parte do editor.

quarta-feira, abril 15, 2009

Falando com os meus botões

Não é nada agradável uma pessoa ganhar consciência de que é susceptível de ter doenças. Não gripes ou faringites, não uma apendicite aguda ou uma perna partida.Refiro-me a doenças-doenças, crónicas, capazes de pôr em risco a nossa qualidade de vida, se não mesmo a própria vida. Recordo demasiado bem o susto que apanhei na altura em que o meu coração resolveu bater à doida, e eu ter percebido que sou vulnerável, que a minha saúde não é um dado adquirido e que nem sempre se dá a volta por cima ou os sustos não resultam em "afinal não era nada". A ideia de perder capacidades, sejam elas físicas ou intelectuais, assusta-me imenso.

Corrigenda

Afinal, se calhar é mesmo importante saber dar os nomes às coisas e tratá-las com os medicamentos apropriados. A diferença entre ontem e hoje é enorme, felizmente. Já não me sinto prestes a ter de pedir reforma antecipada por invalidez.

terça-feira, abril 14, 2009

Da importância dos nomes das coisas

Saber que tenho uma periartrite nos joelhos, o que provoca uma tendinite e uma bursite (se bem entendi o que o médico explicou) é exactamente igual a não saber qual o mal dos meus joelhos. Doem da mesma maneira. E a porcaria das droguinhas que estou a tomar exactamente para aquilo que tenho fazem tanto efeito como as mezinhas mais de farmácia caseira de que me andava a socorrer antes de ir a um especialista, ou seja, muito próximo de zero. O que vai dando algum alívio é mesmo o descanso, o saco de água quente, uma manta sobre os joelhos.

Adenda

Miminho de filha também faz muito bem. Sobretudo quando se tem uma tendinite a quase impedir-nos de andar e a fazer os joelhos doer permanentemente.

Mozart

Há algo de apaziguador, de redentor, de colo materno na música de Mozart.

sexta-feira, abril 10, 2009

quarta-feira, abril 08, 2009

Boa Páscoa!

Aqui ficam os meus votos para quantos por aqui passam - uma Páscoa feliz, tranquila, sem dores de dentes nem bichinhos no frigorífico, com paz, saúde e alegria, ao lado dos que amamos.

terça-feira, março 31, 2009

Era o que me faltava

Abro o frigorífico e vejo uns bichinhos a olhar-me. Parecem umas pequenas aranhas. Suspeito que vêm de uma alface que ninguém deu por estar a apodrecer. Agora, num dia em que estou a trabalhar pelos cabelos, com vontade de largar tudo e partir no primeiro avião que me leve daqui para fora, tenho de limpar o frigorífico de alto a baixo. Estas coisas só acontecem, claro, quando a empregada não está.

domingo, março 29, 2009

Gran Torino

Fantástico. O melhor de todos os filmes que já vi este ano.

quinta-feira, março 26, 2009

Dor de dentes, paga-se para a levarem daqui para fora

O que não era dor tornou-se dor, e daquelas de fazer acordar uma pobre alma às 4 da manhã e praticamente não voltar a pregar olho, e de fazer chorar de dor à primeira tentativa de anestesia para o desvitalizar. E esta porra não está a ceder a anti-inflamatórios e faz-me doer toda a metade direita da cabeça.
Continuo a achar que devíamos ser desdentados como as galinhas. Ou que os nossos dentes deviam ser como peças de Lego. Pelo menos, que não tivessem nervos, que não pudessem doer!

quarta-feira, março 25, 2009

Reciclagem

Às vezes apetecia-me poder reciclar-me. Assim como se lava uma camisola suja e deformada, se lhe tira o borboto e se obtém uma camisola que parece novinha em folha. Neste preciso momento, mandava fora um dente estúpido que teima em se fazer sentir (não é doer), os joelhos que resolveram ter reumatismo, os olhos que andam em greve de produção de lágrimas, e, já que estava com a mão na massa, e porque faria bem ao meu ego, todos os quilos que tenho a mais.

segunda-feira, março 23, 2009

Critérios jornalísticos

A notícia de abertura do Jornal da Noite da SIC Notícias foi o penalti que não existiu na final da Taça da Liga. Durante pelo menos 20 minutos (o tempo que eu ouvi) de nada mais se falou neste noticiário - no mesmo dia em que os incêndios não param no Parque da Peneda-Gerês. Sou eu uma espécie de extra-terrestre, ou mais gente se espanta com estes critérios de prioridade jornalística? É que até na SIC Notícias isto acontece, caramba! Será mais importante um erro de arbitragem e a birra que o Sporting está a fazer à custa disto (como se fosse líquido que tivessem ganho se não fosse esse erro - que eu saiba, perderam na marcação de grandes penalidades), ou a desgraça dos incêndios que, em Março, estão a consumir um dos nossos mais importantes parques naturais?

Boas notícias

Ando a precisar de saber de notícias boas. Coisas alegres, positivas, que dêem esperança a estes tempos cinzentos e deprimidos.

quarta-feira, março 18, 2009

Post politicamente incorrecto

Todos se juntam em coro quanto à turma especial de ciganos numa escola de Barcelos. Quantos quereriam ter os seus filhos em turmas onde houvesse alunos ciganos? Pois é... É muito fácil falar quando não é connosco, quando não nos toca a nós ou aos nossos filhos.

Não sou a favor de uma escola inclusiva se isso significar juntar tudo no mesmo saco e achar que todos são iguais - há os que são, efectivamente, diferentes, e têm direito a tratamento diferenciado. Obviamente, o tratamento diferenciado não pode passar por contentores para uns / salas normais para outros. Mas este não é, decerto, o único caso de contentores a servir de sala de aulas, pois não? Recordo-me de saber de outros casos, em que se recorria a eles enquanto se faziam obras em escolas. E entre um contentor devidamente adaptado e um pré-fabricado gélido e esburacado como aqueles em que fiz o ciclo preparatório, não sei qual será melhor...

Jornalismo de qualidade

"Incêndio na Serra do Marão será reforçado com mais um helicóptero pesado", noticia o Público. E eu que pensava que os helicópteros serviam para combater os fogos, e não para os reforçar...

terça-feira, março 17, 2009

Pobre país, o nosso*

Onde, com duas semanas de tempo quente, desatam a lavrar incêndios, alguns dos quais ganham grandes dimensões e não se conseguem circunscrever. Ainda estamos no Inverno. O que será no Verão? Será mesmo o fogo uma fatalidade das nossas florestas?

* Copyright do Abrupto.

sábado, março 14, 2009

Enviados especiais

Por que carga de água é que a RTP mandou para a Alemanha a Sandra Felgueiras, para fazer reportagens em directo sobre a tragédia ocorrida na escola? Que necessidade existe de haver essas reportagens, entrevistando quem devia ser deixado no recato da sua dor? Ainda por cima, feitas com o tom alarmista/sensacionalista/iluminado desta jornalista, que me faz duvidar sobre se estou a ver o telejornal da RTP ou o da TVI?

quinta-feira, março 12, 2009

Ainda as cegonhas

Já viram isto? É uma delícia. Lá estou eu de novo a sorrir, a olhar para as cegonhas a alisarem as penas com os seus longos bicos.

quarta-feira, março 11, 2009

(Antes pensar em cegonhas do que em massacres em escolas... Tenho vários medos associados ao facto de ser mãe.)

Cegonhas

Vi-as hoje, muitas, empoleiradas nos postes de alta tensão e a voar, com as suas grandes asas abertas, pairando num céu azul que anuncia a Primavera. Surpreenderam-me, pois eu não estava no Alentejo, mas num comboio na linha do Norte. Fiquei a vê-las e a sorrir. Acho-as lindas.

sexta-feira, março 06, 2009

Afonso Tiago

Chocou-me o seu desaparecimento sem deixar rasto. Mesmo sabendo que o mais provável era ter morrido, chocou-me também a notícia do aparecimento do seu corpo, hoje, nas águas do Spree. As mais sentidas condolências aos familiares e aos amigos deste rapaz de sorriso franco e cara alegre; em especial, um abraço para ti, .

quinta-feira, março 05, 2009

Mais coisas que eu não entendo

Andaram a vender-nos o "peixe" da situação difícil da EDP. Do preço excessivamente baixo a que pagávamos a electricidade. Da necessidade imperiosa de subir os preços para valores mais próximos dos reais custos da energia eléctrica. Na minha conta de luz nota-se, e de que maneira, a diferença - e não foram os meus hábitos que mudaram, antes pelo contrário. Agora ficamos a saber que a EDP teve no ano passado o melhor ano de sempre, com um crescimento de 28% face ao ano anterior. É impressão / ignorância minha, ou boa parte disto foi obtido à custa do bolso do consumidor? Será que era mesmo necessário subir da forma como subiu o preço que pagamos por ter um bem essencial como a electricidade em casa?

terça-feira, março 03, 2009

Moon river


Para uma menina que descobriu há pouco o encanto de Audrey Hepburn e dos seus filmes.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Segredo de justiça?

Se há coisa de que eu não entendo é nada é de leis. Muito menos de segredos de justiça, o que é que está obrigado a ele, o que não está. Por isso, quando leio que o procurador geral da república pede o fim do segredo de justiça para o caso Freeport, pergunto,-me: é possível abolir o segredo de justiça de acordo com a vontade de juízes ou da polícia, ou de quem manda nessas coisas? Ainda por cima, alegando que essa será a forma de acabar com as fugas de informação permanentes? Então o que se deveria fazer não era dar com essas fugas e impedir que se repitam?
Mas estas são dúvidas, certamente, só minhas, de perfeita ignorante do mundo admirável das leis, da justiça e da investigação criminal.

Sugestão para o nome do cão dos Obama

Agora que já se sabe que a raça escolhida foi mesmo o cão de água português, e que ainda não foi encontrado o nome ideal para o bicho, aqui fica a minha sugestão, lembrando o Jardim da Celeste, um dos melhores programas infantis que a RTP já produziu. Nome para o cão: Sócrates. What else?
Quem não sabe quem é o Sócrates do Jardim da Celeste pode ficar a conhecê-lo vendo o video:

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Pornografias

Muito mais do que o quadro de Courbet que deu origem a escandalosas queixas e à apreensão de livros em Braga que constituíram, com a censura ao "Magalhães" em Torres Vedras, as piadas carnavalescas do ano, eu acho que os pais preocupados com o que está ao alcance da vista dos seus filhos deviam indignar-se com os programas de tv que lhes são destinados. Como aquela coisa inenarrável em que a Luciana Abreu se passeia semi-nua.

Carnaval

Sem uma serpentina, uma fantasia, um samba. Juntos à beira- mar, com um cão doido de alegria a correr pela areia fora, num dia de sol estupendo.

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Oscares


Era 1h da manhã e eu acordada, a ler este livro. Nem me lembrei dos Oscares. De manhã, quando o meu marido me anunciou os vencedores, tive dificuldade em me situar: a minha cabeça estava cheia de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist. O segundo volume da trilogia não defraudou as minhas expectativas, antes pelo contrário.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Leiam e assinem, por favor

O Afonso Tiago continua desaparecido, não se sabendo do seu paradeiro há mais de um mês. Eu não conheço o Afonso Tiago. Mas conheço o , seu primo. E isto dá uma outra proximidade a esta tragédia, torna-a mais real e dolorosa. Não imagino, não quero imaginar, o que será não saber onde está quem nos é mais querido. Nem o desespero que dá o inevitável "arrefecimento" do interesse por este caso que não pode ficar por deslindar.
A próxima visita de Cavaco Silva à Alemanha poderá constituir uma oportunidade para voltar a dar visibilidade a esta situação dramática, se houver um empenho político da parte da Presidência da República no sentido de continuarem e aprofundarem ainda mais as investigações para o encontrar. Por isso, a família está a lançar uma petição, que pode ser assinada aqui. Para que o Afonso seja encontrado.


terça-feira, fevereiro 17, 2009

Post scriptum

Momento mais chocante do Prós e Contras de ontem: umas certas e horrorosas meias azuis combinadas com um casaco amarelo.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

E para acabar os posts sérios

Sobre outra questão que se quer discutir e, assim, fazer esquecer o desemprego crescente, a falta de soluções para a crise, etc, etc: a eutanásia. O que eu penso é exactamente o que escreve o Vasco Campilho no 31 da Armada. Vão lê-lo lá, vale a pena; e leiam já agora outros posts, do João Moreira Pinto, partindo do caso de Eluana (linko o primeiro, os outros vêm a seguir a este).
Acrescento: não levei a minha mãe para morrer uns dias mais tarde, mas inevitavelmente, nas urgências do hospital; morreu na sua cama, nos meus braços. O mesmo fez ela, anos antes, com a minha avó, que faleceu ao lado dos que amava. Tratadas ambas, é claro, com tudo o que era possível levar a casa, transformando-a numa espécie de unidade de cuidados intensivos que minorassem a sua agonia, mas não procurando prolongar-lhes a vida para além de tudo o que era razoável, porque estavam em estado terminal.
Mas isso não é eutanásia; e eu sou contra a eutanásia.

E pronto, terminam aqui as minhas declarações políticas e sobre temas fracturantes dos próximos meses.

Casamentos entre homossexuais

1) A homossexualidade, já o escrevi no Um pouco mais de azul um dia, faz-me confusão, entendo-a mal - mas respeito-a, é com cada um e eu não tenho nada com isso. Compreendo o desejo de os homossexuais verem a sua relação reconhecida por lei, para além de uma simples união de facto. Se se pode chamar ou não casamento, não sou jurista, mas porque não? Não é um contrato de vida em comum, no respeito de ambas as partes, prometendo lealdade, assistência, e todas as demais coisas que fazem um casamento?

2) Posto isto, acho a atitude de Sócrates de acenar com o casamento entre homossexuais como bandeira para o seu novo mandato como manda-chuva do PS e como candidato a primeiro-ministro uma pouca-vergonha. Está, com isso, como com a questão da discussão da eutanásia e da regionalização, a querer tapar o sol com a peneira, sendo que o sol que pretende encobrir é pouco radioso, é o da grave crise em que estamos e das respostas que não deu às trapalhadas de Freeports e outros assuntos não deslindados e pouco abonatórios da sua pessoa.

3) Se o que Sócrates / PS / governo quisessem mesmo, acima de tudo, fosse resolver o problema de discriminação dos homossexuais face ao casamento, porque é que não votaram o projecto apresentado pelo BE ao Parlamento? Porque isso ia render dividendos ao BE, não é? E agora dá jeito, porque tentam com esta bandeira roubar votos que poderiam ir para o Bloco. Ou seja, são uns oportunistas do caraças, e também se dedicariam à defesa da causa dos ouriços cacheiros caso percebessem que isso ia render votos. E os homossexuais em si mesmos interessam-lhes tanto como interessariam, nesse caso, os ouriços.

Primeiros sinais

Pequenas flores brancas nascem por entre os ramos escuros dos arbustos. Quase não se vêem. Mas estão lá, e anunciam, juntamente com a luminosidade do dia, o aproximar da Primavera.
Da próxima vez que for passear o cão, tenho de levar comigo a máquina fotográfica.

Ele há coisas que eu não percebo lá muito bem

Título alternativo: há sempre razões para nos espantarmos nesta vida.

Como ler que Saramago ficou muito comovido por um ex-refém das FARC ter referido o seu Ensaio sobre a Cegueira. Caramba, então as FARC não são uns gajos porreiros que lutam pelo triunfo da revolução, velhos e bons amigos do PCP, que aprisionam apenas os que se opõem à chegada dos amanhãs que cantam ou coisa que o valha?

E já agora, como as falhas de memória de Dias Loureiro, que não se lembra de nadinha da sua participação num negócio de milhões que redundou num fracasso. Que diabo, quem vai prestar declarações perante uma comissão de inquérito faz o trabalho de casa e revê as matérias sobre as quais vai ser interrogado, acho eu; sobretudo se sofre de má memória.

Mas isto da falta de memória parece ser uma doença que grassa na classe política portuguesa. Há umas semanas, era Sócrates quem não se lembrava de uma série de coisas quanto ao caso Freeport. Estes senhores deviam tomar uns remédiozitos para melhorar o funcionamento cerebral.

(ó pra mim a escrever posts políticos - é o que dá sentir, cada vez mais, uma enorme desconfiança relativamente aos senhores que nos deviam governar, e uma vontade de me pôr a milhas daqui)

sábado, fevereiro 14, 2009

Dia dos namorados

Nunca liguei a este dia, nunca o comemorei, mas namorar tem um significado especial desde que entraste na minha vida. Se no dia 1 comemorei a melhor prenda que alguma vez recebi, pode servir o dia 14 para celebrar outro presente fantástico, outro milagre da minha vida: tu, meu namorado, meu marido, meu companheiro, meu amor.
(E pronto, isto saiu piroso à brava, mas é exactamente o que sinto e quero deixar aqui a assinalar este dia, mais um dos que vivemos juntos, mais um dos que quero viver ao teu lado até sermos muito, muito velhinhos e continuarmos a passear de mãos dadas).

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Charles Darwin

Faz hoje 200 anos que nasceu. Podem ver aqui as iniciativas existentes em Portugal para assinalar a data. E aqui um blog sobre a exposição que hoje abriu na Gulbenkian e vai valer a pena visitar.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Feeling blue

Há dias em que a nostalgia nos invade. Por causa de uma música, de uma conversa, de uma discussão pateta, de algo que nos vem à memória, por tudo isso e por nada, apenas porque sim, ou por apetecer estar na rua a gozar este bendito sol com que S. Pedro hoje nos brindou e, ao invés, estar dentro de portas a trabalhar.
Há dias em que a nostalgia nos invade - nessas alturas, não é boa ideia ouvir a banda sonora do Era uma vez na América, por muito que se goste dela. Deixa cá mudar o cd para qualquer coisa com tons menos sépia.

sábado, fevereiro 07, 2009

"Hospitais sem meios para tratar cancros rastreados"

Notícias destas chocam-me, deixam-me preocupada e envergonhada.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Sugestões de leitura

Querem um livro daqueles que não apetece parar de ler e que nos custa a deixar quando chega ao fim? Viciante, bem escrito, e com uma história interessantíssima?
Já ouviram falar de Stieg Larsson e do Millenium (que não é um banco, mas uma revista)? Têm informações na Biblioteca de Babel e no Ciberescritas. Foi por aí que eu fiquei com vontade de conhecer a obra de Larsson, cuja história, aliás, seria digna de uma personagem destes livros. Comprei Os homens que odeiam as mulheres na segunda-feira à tarde, não sosseguei antes de chegar ao fim das suas cerca de 500 páginas, e ainda estou meio mergulhada na história e a pensar no Mikael e na Lisbeth, os pouco convencionais heróis do livro.
Só não percebi porque é que mudaram o título na edição portuguesa, não lhe tendo chamado A rapariga com a tatuagem de dragão; por muito que o nome que lhe foi dado faça sentido face ao conteúdo da obra.
Agora, o problema vai ser manter-me longe de livrarias para não ceder à enorme tentação de comprar o segundo volume... O terceiro só sai para o Verão.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Concordo

Crónica de João Miguel Tavares, no DN de hoje, sobre o caso fedorento do outlet.

domingo, fevereiro 01, 2009

14 anos


Faz hoje 14 anos que vi pela primeira vez a sua carinha linda, que o meu dedo ficou preso na sua mãozinha minúscula, e me apaixonei perdida e irremediavelmente por esse pedacinho de gente que era, então, a minha filha, hoje mais alta do que eu, mas sempre, sempre, o meu amor pequenino, a melhor prenda que a vida me deu.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Resumindo

Portugal fede. E boa parte desse mau cheiro vem do governo.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Final de dia

De dia triste, cinzento, daquela chuva miúda e invasiva que odeio. Não sei se saberia viver num país sem sol, escuro a partir das três da tarde - dias como o de hoje deixam-me tão neura, o que faria se fossem meses assim?
A música que pus aqui em baixo não ajudou. É lindíssima, mas de uma imensa melancolia que me faz voltar à tristeza impossível de dominar ao ver o filme.
Um dia triste e cinzento, pois, ainda por cima passado, inteirinho, sentada à secretária a fazer coisas de que não gosto, de empreitada, para acabar mais depressa.
Vou é fazer o jantar e, com os cheiros e o calor da cozinha, espantar a neura.

A música

segunda-feira, janeiro 26, 2009

A troca

Gostei do filme, muito - e da música. Felizmente, não levei a minha filha. É duro, pesado, angustiante; não sei porque é que tem uma classificação para maiores de 12 anos - por não haver cenas de sexo, por certo. Mas há outras, muito mais chocantes para olhos de miúdos. A mim, provocou uma enorme angústia, uma sensação de opressão e uma vontade enorme de esmurrar a cara de várias personagens daquela história kafkiana.

terça-feira, janeiro 20, 2009

domingo, janeiro 18, 2009

O diário de Bridget Jones

Gosto imenso dos livros, em especial do primeiro. Detesto o filme (que está a dar neste momento no Canal Hollywood). Transformaram uma história engraçadíssima numa idiotice pegada, com um monte de cenas disparatadas e o Mark Darcy a fazer uma figura de parvo impossível.
Fico sempre danada quando estragam um bom livro ao adaptá-lo ao cinema.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Contumaz

Anda mal disposto desde domingo: apanhou um lenço de papel a jeito e zás, papou metade dele, deixando o resto estraçalhado no meio do chão. Depois vomitou, perdeu o apetite, ficou com prisão de ventre. Nem saltava para um biscoito como é habitual. Passei ainda ontem umas horas com ele deitado no meu colo, depois de ter vomitado uma vez mais.
Ontem ao final do dia começou a melhorar. Já dava saltos a pedir para ir à rua, conseguiu fazer umas caganitas, voltou a comer com apetite e a mostrar-se o cãozinho enérgico que costuma ser. E não é que, há pouco, o vejo a enfiar o focinho no cesto dos papéis e a fugir deliciado com um guardanapo de papel usado?

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Muito trabalho

"Cozinhando" um "banquete" com "restos" e mais umas coisitas encontradas na "despensa". Leia-se restos da tese e base de dados construída para ela. Há quanto tempo eu não falava de semelhante coisa! Neste blog, creio que é uma estreia.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Esmeralda

Leio que a menina foi definitivamente entregue ao pai. Penso que isso deve ser o fim de um pesadelo para todas as partes envolvidas. Espero que haja mais bom senso agora do que houve antes. E não deixo de pensar no que andará na cabeça daquela garotinha que não tem culpa de nada e apanhou por tabela por causa de adultos sem juízo que, a meu ver, não tiveram como objectivo máximo o interesse supremo dela.
Muitas vezes pensei que o ideal seria que os pais biológicos e o casal que a criou engolissem as mágoas e o que achavam ser direito seus e procurassem dar à menina quatro colos que não tivessem de se excluir uns aos outros para poderem ser usufruídos por ela. Será que isso ainda será possível? Com o tempo, talvez. O tempo cura tanta coisa...

Esta manhã

Os carros aqui na rua estavam cobertos de gelo. Foi a primeira vez que os vi assim em Lisboa.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Olhó blog paradinho!

Se calhar congelou com o frio. Ou se calhar é a dona dele que tem demasiado trabalho e está sem tempo para blogar. Apesar do frio - de que, devo dizer, gosto. Prefiro temperaturas baixas a mais de 40º; e vivam os cachecóis, as luvas, os carapuços, os casacos quentinhos, as meias de lã, as mantas nas pernas e uma casa com aquecimento e vidros duplos nas janelas!

quinta-feira, janeiro 01, 2009

A culpa é do mau tempo

Dia 1 de Janeiro totalmente caseiro. Não apetece sair com este tempo. Apetece, isso sim, a casa quentinha, o conforto de não ter de ir para lado nenhum.
Dispensava o estar a trabalhar... Tenho de terminar uma coisa com a máxima urgência - e antes aproveitar o dia feio de hoje para isso do que desperdiçar um dia sem chuva. Por isso aqui estou, agarrada ao computador. Aliás, estamos os três no mesmo. Ele põe papelada em ordem, ela visita os seus sites favoritos, eu trabalho. O cão divide-se entre os três, e também ele se queixa do tempo; não gosta de ir à rua debaixo de chuva, nem de usar uma casa de banho feita de erva molhada.