segunda-feira, outubro 05, 2009

A morte saiu à rua

A morte saiu à rua e ceifou uma vida a meio da sua existência.
Passámos a tarde de ontem no funeral de um amigo do L. Amigo desde os tempos da escola, não muito próximo nos últimos anos, mas sempre presente naquela rede de amizades e conhecimentos que enforma a vida de cada um de nós. Aos 43 anos, chegou um cancro silencioso nos intestinos que, quando se manifestou, já estava espalhado pelo corpo todo, e nada se podia fazer. A morte chegou menos de dois meses volvidos sobre os primeiros sintomas.
Fica um filho de 11 anos, uma mulher viúva, uma mãe que só queria poder trocar de lugar com o filho único que já não tem. Fica a incredulidade, e um murro no estômago de todos nós. A morte mostra-nos como também nós somos frágeis e mortais. Ela sai à rua e mostra-se tal como é, impiedosa, aleatória, abatendo-se sobre as suas presas sem qualquer pudor, e, se quiser, sem aviso prévio, sequer.
Descansa em paz, P. E que os teus saibam continuar as suas vidas, contigo no coração.

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