quinta-feira, março 27, 2008

Sobre o que se passa nas salas de aula

Duas observações apenas. Haverá mais quando tiver tempo.

1) Gostava, sinceramente, de ver os que criticam severamente a actuação da professora e que, na maior parte dos casos, nunca devem ter dado uma aula na vida, a aturar, dia após dia, turmas de adolescentes. Gostava de os ver a agir sempre de cabeça fria, racionalmente, sem perderem a paciência e a saberem exactamente o que fazer em todas as circunstâncias. Depois, poderiam falar com conhecimento de causa.

2) Não sei em que escolas terão andado todos quantos dizem que no seu tempo nada de semelhante poderia ter acontecido. No tempo do meu pai, no Porto, há quase 70 anos, os alunos faziam trinta por uma linha com o professor de música. No liceu José Falcão, em Coimbra, há 25 ou 30 anos, lembro-me bem do mau comportamento da minha turma do 9º ano. De um colega que chegou a picar o professor de Matemática com o compasso, da risota com a professora de Inglês e os seus penteados, da professora de Química que faltava só para não aturar aquela turma tão difícil. Ah, e do ratinho branco que um colega levava para as aulas, e que passeava pelas carteiras de todos nós sem nenhum professor dar por ela.

terça-feira, março 18, 2008

Por um Tibete livre


Tirado daqui. Amanhã, a partir das 18h30, há uma manifestação frente à embaixada da China (R. São Caetano, 2, Lisboa, à Lapa).

quinta-feira, março 13, 2008

Colesterol

Uma boa notícia, parece.

terça-feira, março 11, 2008

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Já não há protagonistas que possam comemorar este dia. Mas eu lembro-me sempre do que ele significa. Com muita, imensa saudade.

segunda-feira, março 10, 2008

O país real

Ver aqui o calvário de quem não mora nas cidades do litoral e tem problemas de saúde.
Às vezes (tantas, demasiadas) tenho vergonha do meu país e até dos meus privilégios, que nada fiz para merecer - devo-os aos meus avós, vindos do interior para as cidades do litoral já lá vão muitas décadas.

domingo, março 09, 2008

Na primeira linha

Nos últimos tempos, duas pessoas de idade familiares de quem me é próximo faleceram. Octogenários de saúde frágil, ambos se foram apagando, a pouco e pouco. A sua partida deste mundo não era nada que não se esperasse. No entanto, porque é que a morte nos apanha sempre desprevenidos e nos custa tanto ver partir aqueles cujos cabelos, há tanto tempo brancos, nos deviam ter ido preparando para tal? Porque é que o seu desaparecimento mexe connosco, mesmo quando não estávamos ligados a elas por fortes laços de afecto nem participávamos do seu quotidiano?
É sempre um pouco da nossa vida que termina com eles. Não mais, em certos sítios, em certas circunstâncias, essa pessoa estará presente. Aos poucos, desaparecem os figurantes das nossas vidas, aqueles que há muito as enquadravam, que faziam parte do cenário. Deixam de lá estar e o nosso mundo transforma-se - e, nessa transformação, esvazia-se. Enche-se também, é claro: novos figurantes entram em cena; mas faltam aqueles outros que lá estavam. Um dia, também nós desapareceremos. Ficamos nós na linha da frente. Passamos a ocupar o lugar da geração que nos precedeu. Este não é um pensamento confortável.

quarta-feira, março 05, 2008

Assinado: Mãe

Gosto de assinar "Mãe" quando escrevo à minha filha. Em todos os outros mails, cartas e bilhetes, é o nome que escrevo no final, completo ou abreviado consoante o destinatário. Para ela, assino só "Mãe". E fico sempre a olhar para aquela assinatura, a que só ela tem direito. Faz-me sentir diferente - e orgulhosa. Como se assinar desta forma me investisse na maternidade, me desse uma consciência renovada de ser mãe, e do que isso significa e acarreta para mim.

terça-feira, março 04, 2008

Vamos?

De novo as Grenadines. E a vontade de largar uma vida de stress e procurar alternativas mais saudáveis, que me deixem tempo para respirar.