quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Segredo de justiça?

Se há coisa de que eu não entendo é nada é de leis. Muito menos de segredos de justiça, o que é que está obrigado a ele, o que não está. Por isso, quando leio que o procurador geral da república pede o fim do segredo de justiça para o caso Freeport, pergunto,-me: é possível abolir o segredo de justiça de acordo com a vontade de juízes ou da polícia, ou de quem manda nessas coisas? Ainda por cima, alegando que essa será a forma de acabar com as fugas de informação permanentes? Então o que se deveria fazer não era dar com essas fugas e impedir que se repitam?
Mas estas são dúvidas, certamente, só minhas, de perfeita ignorante do mundo admirável das leis, da justiça e da investigação criminal.

Sugestão para o nome do cão dos Obama

Agora que já se sabe que a raça escolhida foi mesmo o cão de água português, e que ainda não foi encontrado o nome ideal para o bicho, aqui fica a minha sugestão, lembrando o Jardim da Celeste, um dos melhores programas infantis que a RTP já produziu. Nome para o cão: Sócrates. What else?
Quem não sabe quem é o Sócrates do Jardim da Celeste pode ficar a conhecê-lo vendo o video:

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Pornografias

Muito mais do que o quadro de Courbet que deu origem a escandalosas queixas e à apreensão de livros em Braga que constituíram, com a censura ao "Magalhães" em Torres Vedras, as piadas carnavalescas do ano, eu acho que os pais preocupados com o que está ao alcance da vista dos seus filhos deviam indignar-se com os programas de tv que lhes são destinados. Como aquela coisa inenarrável em que a Luciana Abreu se passeia semi-nua.

Carnaval

Sem uma serpentina, uma fantasia, um samba. Juntos à beira- mar, com um cão doido de alegria a correr pela areia fora, num dia de sol estupendo.

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Oscares


Era 1h da manhã e eu acordada, a ler este livro. Nem me lembrei dos Oscares. De manhã, quando o meu marido me anunciou os vencedores, tive dificuldade em me situar: a minha cabeça estava cheia de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist. O segundo volume da trilogia não defraudou as minhas expectativas, antes pelo contrário.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Leiam e assinem, por favor

O Afonso Tiago continua desaparecido, não se sabendo do seu paradeiro há mais de um mês. Eu não conheço o Afonso Tiago. Mas conheço o , seu primo. E isto dá uma outra proximidade a esta tragédia, torna-a mais real e dolorosa. Não imagino, não quero imaginar, o que será não saber onde está quem nos é mais querido. Nem o desespero que dá o inevitável "arrefecimento" do interesse por este caso que não pode ficar por deslindar.
A próxima visita de Cavaco Silva à Alemanha poderá constituir uma oportunidade para voltar a dar visibilidade a esta situação dramática, se houver um empenho político da parte da Presidência da República no sentido de continuarem e aprofundarem ainda mais as investigações para o encontrar. Por isso, a família está a lançar uma petição, que pode ser assinada aqui. Para que o Afonso seja encontrado.


terça-feira, fevereiro 17, 2009

Post scriptum

Momento mais chocante do Prós e Contras de ontem: umas certas e horrorosas meias azuis combinadas com um casaco amarelo.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

E para acabar os posts sérios

Sobre outra questão que se quer discutir e, assim, fazer esquecer o desemprego crescente, a falta de soluções para a crise, etc, etc: a eutanásia. O que eu penso é exactamente o que escreve o Vasco Campilho no 31 da Armada. Vão lê-lo lá, vale a pena; e leiam já agora outros posts, do João Moreira Pinto, partindo do caso de Eluana (linko o primeiro, os outros vêm a seguir a este).
Acrescento: não levei a minha mãe para morrer uns dias mais tarde, mas inevitavelmente, nas urgências do hospital; morreu na sua cama, nos meus braços. O mesmo fez ela, anos antes, com a minha avó, que faleceu ao lado dos que amava. Tratadas ambas, é claro, com tudo o que era possível levar a casa, transformando-a numa espécie de unidade de cuidados intensivos que minorassem a sua agonia, mas não procurando prolongar-lhes a vida para além de tudo o que era razoável, porque estavam em estado terminal.
Mas isso não é eutanásia; e eu sou contra a eutanásia.

E pronto, terminam aqui as minhas declarações políticas e sobre temas fracturantes dos próximos meses.

Casamentos entre homossexuais

1) A homossexualidade, já o escrevi no Um pouco mais de azul um dia, faz-me confusão, entendo-a mal - mas respeito-a, é com cada um e eu não tenho nada com isso. Compreendo o desejo de os homossexuais verem a sua relação reconhecida por lei, para além de uma simples união de facto. Se se pode chamar ou não casamento, não sou jurista, mas porque não? Não é um contrato de vida em comum, no respeito de ambas as partes, prometendo lealdade, assistência, e todas as demais coisas que fazem um casamento?

2) Posto isto, acho a atitude de Sócrates de acenar com o casamento entre homossexuais como bandeira para o seu novo mandato como manda-chuva do PS e como candidato a primeiro-ministro uma pouca-vergonha. Está, com isso, como com a questão da discussão da eutanásia e da regionalização, a querer tapar o sol com a peneira, sendo que o sol que pretende encobrir é pouco radioso, é o da grave crise em que estamos e das respostas que não deu às trapalhadas de Freeports e outros assuntos não deslindados e pouco abonatórios da sua pessoa.

3) Se o que Sócrates / PS / governo quisessem mesmo, acima de tudo, fosse resolver o problema de discriminação dos homossexuais face ao casamento, porque é que não votaram o projecto apresentado pelo BE ao Parlamento? Porque isso ia render dividendos ao BE, não é? E agora dá jeito, porque tentam com esta bandeira roubar votos que poderiam ir para o Bloco. Ou seja, são uns oportunistas do caraças, e também se dedicariam à defesa da causa dos ouriços cacheiros caso percebessem que isso ia render votos. E os homossexuais em si mesmos interessam-lhes tanto como interessariam, nesse caso, os ouriços.

Primeiros sinais

Pequenas flores brancas nascem por entre os ramos escuros dos arbustos. Quase não se vêem. Mas estão lá, e anunciam, juntamente com a luminosidade do dia, o aproximar da Primavera.
Da próxima vez que for passear o cão, tenho de levar comigo a máquina fotográfica.

Ele há coisas que eu não percebo lá muito bem

Título alternativo: há sempre razões para nos espantarmos nesta vida.

Como ler que Saramago ficou muito comovido por um ex-refém das FARC ter referido o seu Ensaio sobre a Cegueira. Caramba, então as FARC não são uns gajos porreiros que lutam pelo triunfo da revolução, velhos e bons amigos do PCP, que aprisionam apenas os que se opõem à chegada dos amanhãs que cantam ou coisa que o valha?

E já agora, como as falhas de memória de Dias Loureiro, que não se lembra de nadinha da sua participação num negócio de milhões que redundou num fracasso. Que diabo, quem vai prestar declarações perante uma comissão de inquérito faz o trabalho de casa e revê as matérias sobre as quais vai ser interrogado, acho eu; sobretudo se sofre de má memória.

Mas isto da falta de memória parece ser uma doença que grassa na classe política portuguesa. Há umas semanas, era Sócrates quem não se lembrava de uma série de coisas quanto ao caso Freeport. Estes senhores deviam tomar uns remédiozitos para melhorar o funcionamento cerebral.

(ó pra mim a escrever posts políticos - é o que dá sentir, cada vez mais, uma enorme desconfiança relativamente aos senhores que nos deviam governar, e uma vontade de me pôr a milhas daqui)

sábado, fevereiro 14, 2009

Dia dos namorados

Nunca liguei a este dia, nunca o comemorei, mas namorar tem um significado especial desde que entraste na minha vida. Se no dia 1 comemorei a melhor prenda que alguma vez recebi, pode servir o dia 14 para celebrar outro presente fantástico, outro milagre da minha vida: tu, meu namorado, meu marido, meu companheiro, meu amor.
(E pronto, isto saiu piroso à brava, mas é exactamente o que sinto e quero deixar aqui a assinalar este dia, mais um dos que vivemos juntos, mais um dos que quero viver ao teu lado até sermos muito, muito velhinhos e continuarmos a passear de mãos dadas).

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Charles Darwin

Faz hoje 200 anos que nasceu. Podem ver aqui as iniciativas existentes em Portugal para assinalar a data. E aqui um blog sobre a exposição que hoje abriu na Gulbenkian e vai valer a pena visitar.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Feeling blue

Há dias em que a nostalgia nos invade. Por causa de uma música, de uma conversa, de uma discussão pateta, de algo que nos vem à memória, por tudo isso e por nada, apenas porque sim, ou por apetecer estar na rua a gozar este bendito sol com que S. Pedro hoje nos brindou e, ao invés, estar dentro de portas a trabalhar.
Há dias em que a nostalgia nos invade - nessas alturas, não é boa ideia ouvir a banda sonora do Era uma vez na América, por muito que se goste dela. Deixa cá mudar o cd para qualquer coisa com tons menos sépia.

sábado, fevereiro 07, 2009

"Hospitais sem meios para tratar cancros rastreados"

Notícias destas chocam-me, deixam-me preocupada e envergonhada.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Sugestões de leitura

Querem um livro daqueles que não apetece parar de ler e que nos custa a deixar quando chega ao fim? Viciante, bem escrito, e com uma história interessantíssima?
Já ouviram falar de Stieg Larsson e do Millenium (que não é um banco, mas uma revista)? Têm informações na Biblioteca de Babel e no Ciberescritas. Foi por aí que eu fiquei com vontade de conhecer a obra de Larsson, cuja história, aliás, seria digna de uma personagem destes livros. Comprei Os homens que odeiam as mulheres na segunda-feira à tarde, não sosseguei antes de chegar ao fim das suas cerca de 500 páginas, e ainda estou meio mergulhada na história e a pensar no Mikael e na Lisbeth, os pouco convencionais heróis do livro.
Só não percebi porque é que mudaram o título na edição portuguesa, não lhe tendo chamado A rapariga com a tatuagem de dragão; por muito que o nome que lhe foi dado faça sentido face ao conteúdo da obra.
Agora, o problema vai ser manter-me longe de livrarias para não ceder à enorme tentação de comprar o segundo volume... O terceiro só sai para o Verão.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Concordo

Crónica de João Miguel Tavares, no DN de hoje, sobre o caso fedorento do outlet.

domingo, fevereiro 01, 2009

14 anos


Faz hoje 14 anos que vi pela primeira vez a sua carinha linda, que o meu dedo ficou preso na sua mãozinha minúscula, e me apaixonei perdida e irremediavelmente por esse pedacinho de gente que era, então, a minha filha, hoje mais alta do que eu, mas sempre, sempre, o meu amor pequenino, a melhor prenda que a vida me deu.