Às vezes acho que José Sócrates tem tanta sorte como o Gastão. Ascendeu à presidência do PS nas circunstâncias em que o fez, tornou-se primeiro-ministro com maioria absoluta em grande medida devido às desgraças do PSD, teve os problemas constantes deste partido a evitar-lhe uma oposição à altura, e agora o PSD continua a facilitar-lhe a vida, etc, etc. Neste momento em que a crise alastra, o desemprego cresce e a tensão com os professores está ao rubro, em que a "sociedade civil" já começa a irritar-se com este assunto, pois vê os filhos a serem impedidos de entrar em escolas fechadas e sob a ameaça de não haver notas para ninguém, tem o fim do silêncio de Manuela Ferreira Leite e a sua inabilidade comunicativa a jogar em seu favor. E é ver toda a gente a comentar, a opinar, a desviar a atenção dos problemas reais do país e a indignar-se com o que ela disse. Mas passa verdadeiramente pela cabeça de alguém que ela estivesse a defender reformas impostas durante períodos de suspensão da democracia? Tenham juízo.
Não há pachorra para este país. Às vezes, dá-me uma vontade tão grande, mas tão grande de emigrar...
Não há pachorra para este país. Às vezes, dá-me uma vontade tão grande, mas tão grande de emigrar...
3 comentários:
E não será assim um pouco por toda a parte? Por aqui temos um desgoverno, há dinheiro a jorros e nao se vê nada...
e emigrar para onde?
Olá! Não, não emigrei; o silêncio deve-se só a demasiado trabalho.
Noite, não sei se é assim por toda a parte, mas há algo de confrangedor na nossa classe política que creio ser único. Espero que seja único, para bem dos outros países...
Alecrim, pois, essa é a minha questão... Tinha pensado nas Maldivas, mas depois de lá ter estado percebi que só é bom para passar férias. :)
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