Tenho muita dificuldade em pronunciar-me sobre as razões concretas dos protestos dos professores. Não conheço as regras da avaliação em curso, ouço e leio notícias contraditórias. Impressiona-me, obviamente, o número de participantes na manifestação de sábado. Mas também me impressionam, num sentido bem diferente, as reportagens que vi sobre ela. As boçalidades proferidas por aqueles que têm como missão ensinar. A indignidade de muitos dos cartazes e dos gritos de ordem. Ao ver os telejornais, senti vergonha desta classe que já foi minha, e que foi a da minha mãe durante décadas. E a minha filha, a ver televisão ao meu lado, estava também espantada, e perdeu um pouco mais do respeito por aqueles que a ensinam.
Não me parece que seja assim que os professores fazem os pais dos seus alunos aderir à sua causa. Por muita razão que possam ter, não a sabem demonstrar. Como não a sabem demonstrar de cada vez que uma aula de substituição da minha filha é passada a jogarem ao jogo do galo, ou coisa parecida, com um professor que lhes diz claramente que está a fazer um frete ali. Já passaram dois ou três anos sobre a introdução das aulas de substituição - não teria já havido tempo para se programar o seu bom funcionamento? Só por má vontade é que isso não se faz, e só por má vontade também é que não se aceita que a existência de aulas de substituição é uma boa ideia. Uma das coisas que me parece, no meio de toda esta luta dos professores, é que há uma enorme má vontade. E a má vontade não costuma ser boa conselheira.
Não me parece que seja assim que os professores fazem os pais dos seus alunos aderir à sua causa. Por muita razão que possam ter, não a sabem demonstrar. Como não a sabem demonstrar de cada vez que uma aula de substituição da minha filha é passada a jogarem ao jogo do galo, ou coisa parecida, com um professor que lhes diz claramente que está a fazer um frete ali. Já passaram dois ou três anos sobre a introdução das aulas de substituição - não teria já havido tempo para se programar o seu bom funcionamento? Só por má vontade é que isso não se faz, e só por má vontade também é que não se aceita que a existência de aulas de substituição é uma boa ideia. Uma das coisas que me parece, no meio de toda esta luta dos professores, é que há uma enorme má vontade. E a má vontade não costuma ser boa conselheira.
6 comentários:
Ora aí está um puro, tão puro como superficial da ideia.
Que até a minha filha fica espantada, atrasadinha de entendimento da cousa.
Caro(a) Engraça. Não entendi o seu comentário; pedia-lhe que se explicasse melhor.
Não tenho acompanhado grande coisa desta questão dos profes, até porque esses ecos não chegam aqui. Mas a classe tem-me irritado sobejamente nos últios tempos, por perceber a panelinha e o encobrimento constante em situações de injustiça. A minha filha tem um professor que vai bêbado para as aulas. Toda a gente sabe que o faz há vários anos. Pois há colegas que continuam a encobrir a situação e a dizer "fulando de tal?? Impossível!!", quando toda a gente sabe que assim é, dentro e fora da escola. Quando se pede para falar com o pessoal dirigente, nem há resposta! Muitos pais conformam-se e fingem que nem vêem. Que fazer?
Queixa por escrito? Queixa a quem coordena a escola? Não sei como é que as coisas funcionam em Macau.
Por escrito ainda me tramam a miúda, que eu já percebi que ninguém quer saber e que há muito encobrimento.
eu, por acaso, já dei 2 ou 3 excelentes aulas de substituição.
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