terça-feira, fevereiro 27, 2007

Desoras e aniversários

Continuando o post anterior: há coisas que só como coruja fazia. Por exemplo, escrever no blog. Suspeito que, se fizesse um estudo estatístico das horas a que já postei, o serão e a madrugada ganhariam com larga vantagem. Aliás, o meu primeiro post foi escrito a desoras, mais precisamente às 2h53. No dia 18 de Fevereiro de 2004, fez há dias três anos sem que eu desse por ela - assim ando eu, tão pouco atenta ao mundo blogosférico que esqueço uma data muito mais marcante do que alguma vez eu poderia ter pensado quando me apeteceu ter um blog.
A todos quantos tiveram a pachorra de me aturar ao longo de todo este tempo, e que continuam a vir aqui espreitar apesar do pouco que escrevo agora, muito obrigada!

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Oceano Pacífico

A cada vez que tenho o rádio sintonizado na RFM e ouço o genérico do Oceano Pacífico, sorrio. Recordo longos serões a estudar para as frequências. Horas e horas em torno de folhas e livros, acompanhada pelas músicas calmas de um programa tranquilo. Vinte anos depois, o programa continua igual - e eu continuo a passar serões rodeada de livros e folhas. Apesar de as noitadas terem terminado e a coruja em que me tinha transformado ter sido substituída por um pássaro (demasiado) madrugador.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

S. Valentim



Porque "each day is valentines day"...

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Crescer

Hoje quem fez o almoço foi a minha filha. É giro!

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Não

No dia 11, voto “não” no referendo.
Não, não considero o aborto um direito da mulher.
Não, não quero que o aborto seja livre a pedido da mulher, sem razões ponderosas que o justifiquem e que já estão, a meu ver, contempladas na actual lei.
Não, não percebo o limite das 10 semanas previstas na pergunta que nos é colocada no referendo. 10 semanas desde a data da última menstruação? 10 semanas de gravidez efectiva? Porquê 10 semanas, em qualquer dos casos? Ainda não consegui encontrar razões científicas que justifiquem a escolha desse prazo. Aliás, no anterior referendo não se pugnava por um limite de 12 semanas? Porquê o recuo para menos duas semanas?
Não, não percebo a lógica de considerar que o “sim” à pergunta do referendo resolverá o problema do aborto clandestino em Portugal. Às 11 semanas um aborto continuará a constituir um crime pelo qual a mulher deverá ser punida: desejam os apoiantes do “sim” que a mulher que o faça vá para a prisão? Diz a pergunta que ela só poderá abortar em estabelecimento de saúde autorizado – e se o fizer no vão da escada, ainda que dentro do prazo das 10 semanas, irá a julgamento e será presa e isso será aplaudido?
Não, não sou insensível aos problemas sociais que o aborto envolve. Sou até por demais sensível ao que defende, por exemplo, a Drª Maria de Belém Roseira e ao argumento de que só trazendo o aborto para a legalidade é que se pode atacá-lo, criando um sistema de apoio às mulheres que passará por esclarecimentos, consultas, etc. Mas não sei se um tal sistema será implementado em Portugal (o governo faz contas sobre quanto custariam os abortos e quantos se poderiam fazer, mas não abre a boca sobre o que pretende verdadeiramente implementar caso vença o “sim”).
Não, não percebo porque é que, com a actual lei (tão parecida com a espanhola) não existe um tipo de apoio à mulher grávida em situação de tal forma complicada que não veja como pode levar em frente a gravidez – não se enquadrará isso dentro do que na lei está previsto de danos para a saúde física ou psíquica da mulher? Não será possível melhorar a lei existente, melhorar a sua aplicação, sem se liberalizar o aborto a pedido como agora se pretende?
Resumindo e concluindo: não, não consigo olhar para a questão do aborto apenas do lado da mulher que não deseja a gravidez. Vejo também o das crianças que não chegarão a nascer e que são vida humana, única e irrepetível. E está dentro de mim, escrito a letras indeléveis, “Não matarás”.
Perguntam-me no referendo: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?” Eu, em consciência (e depois de muito pensar, repensar, ouvir, discutir, pesar todos os argumentos), só posso responder que não, não concordo.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

12 anos



144 meses
4382 dias
105168 horas

Todos esses meses, todos esses dias, todas essas horas foram passadas contigo no coração. Muitos parabéns, filha querida! E que eu saiba e possa continuar a estar ao teu lado e a ajudar-te a teres força nas asas que começas a saber usar sozinha, para que voes bem alto e eu te veja e me orgulhe sempre de ti.