domingo, janeiro 17, 2016

Farta

De ter uma doença que não passa e todos os dias se faz sentir. Uns mais, outros menos, não deixa porém de estar presente e de me limitar.
Custa-me pelo cansaço e pelas dores que pequenas coisas me provocam. Custa-me, mais do que tudo, por causa do meu filho. Pegar nele ao colo, dar banho, vesti-lo, dar-lhe a comida, trazê-lo da creche são coisas que podem ser dolorosas ou deixar-me sem forças para mais nada. No limite, trazem-me lágrimas aos olhos e obrigam-me a descansar a seguir. E isso deixa-me num desânimo enorme.
Também me desanima a valer ir, como hoje, ver uma exposição e ficar à nora passada meia hora, se tanto. Em lugar de ver o que tanto me está a agradar, começo a procurar um banco onde possa sentar-me. Penso que férias que fizemos e tanto apreciámos se vão tornar impossíveis: com programas culturais todos os dias e muitas caminhadas a pé. Nas melhores férias do género que fizemos, eu já não estava bem, mas com algum cuidado e descanso aguentava muito bem. Agora não conseguia manter esse ritmo.
Quanto tempo conseguirei mais manter-me no activo?
Quanto tempo conseguirei ainda pegar no meu filho ao colo como tanto gosto?

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