terça-feira, julho 12, 2011

Telefones

Nas agendas do telefone e do telemóvel continuam números de pessoas a quem já não posso voltar a falar. De vivos com quem tenha deixado de me dar, por uma razão ou outra, não me custa nada apagar os números. Dos mortos... não consigo. Se o fizer parece que me morrem mais um pouco, que a memória deles se poderia ir perdendo à medida que cada dígito fosse apagado. E eu não lhes quero perder a memória. Nunca.

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