Sócrates demitiu-se. A Assembleia da República não disse "amen" ao PEC decidido com Bruxelas à revelia do Parlamento e do Presidente. Sinto um enorme alívio, porque a sensação de que o carrossel estava desgovernado e a rodar como louco era demasiada. Mas tenho verdadeiro medo do que aí possa vir. Do que não nos foi dito sobre a verdadeira situação do país. Das alternativas ao PS (ou dentro do próprio PS). Do que vai ser preciso fazer para tirar Portugal do imenso buraco. Mas talvez tudo isto seja mais fácil de aguentar com outras pessoas ao leme, sobre as quais não se sinta tanta desconfiança. Porque esse é um dos grandes problemas que eu acho que se estavam a colocar (eu sentia-o de forma bem forte): a falta de confiança no primeiro-ministro e no seu governo. Não se pode viver assim, menos ainda em tempo de tão grave crise.
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