quinta-feira, janeiro 27, 2011

Neste dia...



Neste dia, em 2010, muito antes do que era esperada, uma menina nasceu. E contra todas as probabilidades, como prova de que os milagres existem, sobreviveu e tem vencido todos os obstáculos que se previa vir a ter de defrontar. Hoje faz um ano, e acordou de novo com um sorriso lindo de bebé feliz e saudável. Muitos parabéns, querida V.!

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Eu queria...

... ter um dia sem stress, sem coisas para ontem; bem tento - mas não consigo.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Tous les garçons et les filles...



Tous les garçons et les filles de mon âge
se promènent dans la rue deux par deux
tous les garçoons et les filles de mon âge
savent bien ce que c'est d'être heureux


et les yeux dans les yeux et la main dans la main
ils s'en vont amoureux sans peur du lendemain
oui mais moi, je vais seule par les rues, l'âme en peine
oui mais moi, je vais seule, car personne ne m'aime


mes jours comme mes nuits
sont en tous points pareils
sans joies et pleins d'ennuis
personne ne murmure "je t'aime" à mon oreille


tous les garçons et les filles de mon âge
font ensemble des projets d'avenir
tous les garçons et les filles de mon âge
savent très bien ce qu'aimer veut dire


et les yeux dans les yeux et la main dans la main
ils s'en vont amoureux sans peur du lendemain
oui mais moi, je vais seule par les rues, l'âme en peine
oui mais moi, je vais seule, car personne ne m'aime


mes jours comme mes nuits
sont en tous points pareils
sans joies et pleins d'ennuis
oh! quand donc pour moi brillera le soleil?


comme les garçons et les filles de mon âge
connaîtrais-je bientôt ce qu'est l'amour?
comme les garçons et les filles de mon âge
je me demande quand viendra le jour


où les yeux dans ses yeux et la main dans sa main
j'aurai le coeur heureux sans peur du lendemain
le jour où je n'aurai plus du tout l'âme en peine
le jour où moi aussi j'aurai quelqu'un qui m'aime.

A voz é de Françoise Hardy; não sei de quem é a letra, mas ilustra tão bem o pensar de um adolescente... Pela minha parte, revejo inteiramente nela o que muitas vezes senti, nessa época.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Calinadas jornalísticas

Há sempre uma pérola jornalística algures à nossa espera, para podermos arregalar os olhos de espanto. Hoje, decerto dia de sorte, dei com duas, a propósito da beatificação de João Paulo II. 
Anuncia o Sapo Notícias, num dos seus títulos: Bispo de Leiria-Fátima diz que beatificação reconhece santidade como “figura inesquecível” (o que queria dizer, como se percebe pela leitura do parágrafo seguinte, é que a beatificação reconhece a santidade de uma "figura inesquecível"; o que é ligeiramente diferente). Noutra notícia, diz-nos que "o corpo do Papa João Paulo II vai ser beatificado no próximo dia 1 de maio". O corpo. Não João Paulo II. Passará a haver, portanto, um Beato Corpo de João Paulo II.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Beethoven

Já quase tinha esquecido como é bela a música de Beethoven. Em especial as suas sonatas para piano, que me acompanham neste longo serão de trabalho. Se a mais conhecida é a Sonata ao Luar, a minha predilecta é a Patética. Aqui ficam partes de ambas, para as poder ouvir sem ter de as procurar no Youtube (quando, como é o caso agora, não tenho os cds à mão).


quarta-feira, janeiro 12, 2011

Ganha mais porque trabalha mais

Ora aqui está o argumento que vou usar para exigir o pagamento de todas as horas extraordinárias que tenho oferecido graciosamente à minha entidade patronal. Se não tiverem dinheiro para isso, podem-me pagar em dispensas de serviço; pelas minhas contas, assim por alto, devia estar de férias (palavra maravilhosa!) durante os próximos 2 ou 3 anos.

Vela acesa, velando

Velando por um menino lindo e muito, muito doente. Nem sei se peça a Deus que o cure, ou que o leve quando ele dormir, já que não há remédio para os seus males e o que se pode esperar é que vá sofrendo mais no pouco tempo em que estiver por cá. Que seja livre do seu corpinho doente num Além azul, embalado por essa outra Mãe que a todos acolhe e ampara.

(Servirá tal ideia de consolo a uma mãe terrena que corre o risco de perder o menino que, embora doente, é  o seu filho muito querido?)

terça-feira, janeiro 11, 2011

Ideias estúpidas

Em vez de uma pizza, mandei vir uma pasta. Uma perfeita porcaria, que me vai deixar agoniada para o resto do serão.

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Palhaçadas

Agora é que a campanha presidencial vai ficar linda: já temos o nosso Tiririca.
Sempre que penso que não se pode descer mais, há quem mostre que é possível.
Lembrete para as próximas semanas: fugir da TV e não ouvir nem ler notícias relacionadas com a campanha. Ou com a coisa nojenta que estão a fazer passar por isso.

Cabras e cabrões

(foto daqui)

Um dia, talvez venha a perceber porque é que há tantas cabras e cabrões neste mundo. No caso, em especial, no mundo académico, que parece concentrar uma percentagem mais elevada do que o normal desses ditos cujos que só parecem estar satisfeitos quando passam rasteiras, atropelam ou sacaneiam os outros.
Claro que uma teoria sobre o assunto já tenho: frustrações e invejas. Frustrações de quem não vive para mais nada, e muitas frustrações de cama. Invejas da inteligência e do sucesso alheio. Gente mal f..., pois claro, e que se consola tentando f... os outros. Gente mal formada, também, que se deixa cegar pelo seu estatuto de Senhor-Professor-Doutor-com-todas-as-letras, como se o título académico transformasse qualquer pessoa num ser superior. A superioridade que todos devíamos almejar é a bondade, a generosidade, a disponibilidade para os outros. Não a sobranceria, o olhar de alto, o exigir vassalagens, o achar-se melhor do que os outros. Um doutoramento faz muita coisa, mas não torna ninguém melhor; no entanto, parece conseguir tornar várias pessoas piores.
Cabras e cabrões - há-os em demasia no nosso mundo académico. Esperemos que se vão matando uns aos outros, com o veneno da sua própria peçonha. Metem-me nojo.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Se eu tivesse tempo

... escreveria muitas coisas. 

Sobre o par de orelhas que me apareceu na cadeira em frente, aqui no escritório, mostrando um ocupante pouco habitual que, entretanto, achou melhor vir sentar-se ao meu lado e tentar apanhar o guardanapo de papel sujo do pão com queijo fresco do meu lanche e que agora tem a cabeça apoiada sobre o tampo da secretária, sentindo eu a sua respiração tranquila no meu peito. Poderia escrever horas a fio sobre a delícia que é partilhar a vida com um cão (coisa que sempre sonhei, mas que só agora tenho a possibilidade de fazer). Sobre as brincadeiras, o carinho, a comunicação espantosa que se desenvolve entre o P. e nós, formando uma verdadeira família de que ele é, sem a menor dúvida, membro de pleno direito.

Escreveria sobre saudades dos tempos em que a blogosfera era diferente; tempos que já lá vão e não regressarão, como não regressará a minha vontade de participar nela da forma activa que fiz. 

Escreveria, em especial, sobre questões de saúde com que me tenho defrontado nestes últimos anos, problemas que nem sabia que existiam e que bem gostava de continuar a ignorar. Nada de grave, apenas de sério. E sobre os quais falta em Portugal informação,  associações de doentes, médicos atentos e sensíveis. Mas, para falar disso, acho que precisava de ser de novo uma total anónima aqui, e não o sou. Por outro lado, talvez isso levasse a que este blog tivesse alguma utilidade.

Seja como for, não tenho tempo. Só o que roubo ao trabalho que não me apetece fazer, mas que aos poucos toma forma. E que, depois de uma paragem de uma semana, até gosto de ler. Menos mau.

Vamos a ele. Mais uma pequena presa para caçar - nada da gazela doutoral, apenas uma perdizita que corre, corre, e eu tenho de correr para a abocanhar. Problema: não me apetece correr. Estou farta de corridas. Preciso de viver sem stress, com o tempo a correr a um ritmo humano, e não à velocidade infernal que hoje lhe imprimimos.

Propósito do ano: reduzir o stress da minha vida.